Romance Sobrenatural Romeu e Julieta século XXI Paris Notre-Dame

NOTRE-DAME: uma cruz no coração

Um romance proibido para alguns e ansiado por outros.
Uma tragédia que aproximará, ainda mais, os herdeiros de duas famílias tradicionais de Paris.
Um segredo sombrio prestes a ser revelado.

Elena Cross e Reign Moon têm história.
Não, eles não se conhecem, não são amigos e tampouco frequentam os mesmos grupos sociais. E, mesmo assim, de alguma forma eles passam as tardes juntos, aproveitando uma vista de Paris que poucos têm.
A amizade vem de anos, a inimizade de gerações. Mas quando Reign se torna o único suspeito do crime que roubou a vida do irmão de Elena, ele se fará valer de suas habilidades especiais para desmascarar o culpado.


SINOPSE

— por PAULA B. BIANCULLI

 

“As mensagens só chegam de madrugada, comecinho da manhã. São todas dela, de Notre-Dame; são todas protecionistas do anonimato. […] Elena, entretanto, encontrou um padrão: as mensagens chegam minutos, até segundos, antes do primeiro raio de sol rasgar o céu, como se para lhe dizer que há, sim, luz na escuridão.

Ela já mudou a própria resolução; já tentou, já perguntou quem é. Ela já pediu, já ameaçou, já implorou. Quem quer que esteja na outra ponta, quem quer que esteja em posse do tal número de celular, encara-a como muda, iletrada. Quem quer que seja só fala o que quer, quando quer.

A resposta mais pessoal que recebeu acerca de sua identidade não poderia ter sido mais impessoal e veio na voz de Benjamin Franklin, na noite do segundo domingo em contato com esse Anônimo:

“As três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo.”

Digo-lhe, pois, que minha vida é mais dura do que a de qualquer homem de Paris; do que a de qualquer outro homem deveria ser.

Notre-Dame

[…]

Por que me ajuda, Notre-Dame?

Por que se esconde em máscara tão bela?

Por que se dirige somente a mim, se são tantos os que lhe pedem por consolo, ajuda, palavra amiga?

 

Porque posso.

Porque preciso.

Porque quero.

Notre-Dame

Depois de ler “Towards Tomorrow”, me surpreendi ao ver que a autora mudou completamente seu estilo narrativo e criou uma nova trama tão envolvente e fantástica quanto, mas dotada de elementos inéditos e que de nada se assemelham a sua série em paralelo.
Vagamente baseada no que penso ser a tragédia mais famosa da história, Romeu e Julieta, (amantes da obra reconhecerão alusões e trechos aleatórios e espaçados no decorrer da trama) a história é narrada por um narrador onipresente (que se apresenta, logo de cara, como “câmera”) e introduz o leitor ao conflito de gerações entre duas famílias tradicionais parisienses – os Cross e os Moon -, inflamado em tempo presente pelo assassinato de Silver Cross e a concomitante acusação, infundada, de Reign Moon – o clássico caso de estar no lugar errado e em hora mais errada ainda.
O fato dos protagonistas, Elena e Reign, se conhecerem sem se conhecer por anos, se ajudarem sem saber e se encontrarem, “tête-à-tête” (vamos justificar a locação escolhida pela autora), apenas nos finalmentes da narrativa fez com que eu quisesse encontrar o último ponto final com vontade e determinação. Os capítulos curtos e “temáticos” de muito contribuíram para a fluidez da leitura, mesmo que a trama seja propositalmente emaranhada e cheia de opiniões e disse-me-disse que caracterizam uma boa partida de “Detetive”.
Adoro quando autores ousam, dão vida a objetos inanimados e saem do lugar comum e me entreti especialmente com as duas versões de Paris (leitores entenderão) e a dinâmica entre Reign e Dante. Reign, por sua vez, se provou ser um anti-herói esférico e cheio de carisma, mesmo para alguém que está em uma condição tão depreciativa e sem perspectiva quanto a sua. E, se Reign vai se desenvolvendo (e de certa forma desabrochando) no decorrer da narrativa, Elena deixa o melhor de sua personalidade para o grande final, ao que prova que não é a menina rica e mimada que todos (inclusive eu e Reign) começam achando, mas uma moça de coração nobre e valente, capaz de enxergar muito aquém da aparência exterior.
Em suma, conheço Paris e sua Notre-Dame de véspera e sei que a autora fez uso de algumas licenças poéticas (não me recordo de menções à grade de proteção instaladas nas torres, por exemplo), mas nada que impeça a trama de se passar no palco escolhido ou atrapalhe a narrativa e a torne inverossímil. Pelo contrário, a fantasia permite tudo e a autora soube moldá-la a seu bel prazer e com maestria.

 


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*trilha sonora do vídeo Fairytale (Harp & Chimes) e Gothic church bells.mp3 encontradas em freesound.org Créditos a Slakin_97 e Aeonemi respectivamente.